Projeto Látex Tan foi apresentado à sociedade no dia 15 de dezembro, em evento realizado em Brasília. A ocasião também marcou a inauguração de uma fábrica piloto.

Uma pesquisa inédita desenvolvida pela UnB (Universidade de Brasília), em parceria com a Tanac e com a FAPDEF (Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal) desenvolveu um método para produção de látex hipoalergênico, utilizando tanino da casca da árvore Acácia-negra. A substância, comumente utilizada para curtimento de couro, para alimentação animal e para tratamento de águas e efluentes, dentre outras inúmeras aplicações, pode ser empregada, também, como substituta da amônia.

A iniciativa, liderada pelo professor Floriano Pastore Júnior, do Instituto de Química (IQ) da UnB, tem potencial para ajudar quem sofre de alergias à borracha natural. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, cerca de 145 milhões de pessoas têm alergia ou hipersensibilidade ao látex, sendo reconhecido como um problema de saúde internacional.

Segundo o pesquisador, que estuda borracha há quase quatro décadas, o tanino serve para bloquear as proteínas alergênicas que envolvem as partículas de látex e, com isso, poderá ser utilizado na produção de itens importantes como luvas cirúrgicas e preservativos.

O aditivo de tanino adotado no processo foi patenteado pela UnB no Brasil, na Indonésia e na Índia.

INAUGURAÇÃO DA FÁBRICA LÁTEX TAN

O projeto, denominado Látex Tan, foi apresentado à sociedade no dia 15 de dezembro,no auditório Lauro Morhy da UnB. A ocasião também marcou a inauguração de uma micro fábrica, instalada no galpão do Laboratório de Tecnologias de Borracha para a Amazônia (Tecbor), ao lado do Hospital Veterinário da UnB, para a confecção de luvas de látex natural preservado com tanino, o que favorece os testes em escala industrial.

A iniciativa é uma realização da UnB e da Tanac, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal, com as cooperações da Faculdade de Medicina/UnB, Hospital Universitário de Brasília (EBSERH e UnB) e do Laboratório de Nanobiotecnologia do CENARGEN/Embrapa.

Postado por ADM - Marketing